vendredi 15 juin 2007

"slogan"

"Slogan", que acaba de sair em DVD, é uma história de amor entre o publicitário em crise Serge, casado e à espera de um filho, e a modelo inglesa Evelyne. nos bastidores da produção de 68, é também o início da paixão entre Serge Gainsbourg e Jane Birkin, que se conhecem durante as filmagens e ficariam juntos por intensos 12 anos.

ele, com 40 anos, era o típico cafajeste parisiense; ela, com 20, recém-divorciada do compositor John Barry, tinha uma filha de meses. o amor não foi à primeira vista, aliás, o encontro da dupla foi um desastre: Serge foi passar as falas e descobriu que a frágil Jane estava longe, muito longe, de dominar o francês... sendo o brucutu temperamental que era, começou a destratá-la até que ela desandasse a chorar, o que não levou muito tempo... mas pouco a pouco o humor foi se adocicando e o encantamento mútuo explodiu para virar mito.

Jane conta que meses depois das filmagens de "Slogan", ela partia à Saint-Tropez para filmar "La Piscine", com Romy Schneider e Alain Delon. Serge subia as paredes histérico de ciúmes porque Delon era bonito demais, no que ele tinha total razão, bien sûr! mas pra compensar o radical desequilíbrio estético, Serge alugou uma limousine 4 vezes maior que a de Delon e ia todo feliz, cantarolando, buscar Jane no seu palácio sobre rodas. repetia: "minha bela limusine! se diria uma caravana árabe!"

além da coincidência dos papéis de Jane-Serge, o enredo do filme também é autobiográfico! o diretor, Pierre Grimblat, publicitário premiado nos anos 60, havia vivido uma separação muito difícil com uma mulher bem mais jovem. vendo o sofrimento do amigo, François Truffaut lhe dá um conselho: se você quer se livrar desta história, faça um filme. "Slogan" é o primeiro filme a enfocar o universo publicitário e foi escrito por Serge Gainsbourg, que também compôs a trilha.

nos 90' de bônus, imagens de bastidores de Jane-Serge e trechos de entrevistas no lançamento do filme (1969), quando eles já eram o célebre casal do ano. para completar, depoimentos atuais de Jane que conta das agruras e delícias do seu encontro com Serge, de Pierre Grimblat e do escritor Fréderic Beigbeder, cujo romance "99 Francs", foi inspirado em "Slogan".

8 commentaires:

Anonyme a dit…

ah, não... nem que o delon estivesse de lambreta! mas o serge, apesar da feiura toda, tem jeito de ser mais interessante.

muuuito certinho enjoa, hahaha!

sem falar que, se ela tivesse preferido o bonitão, não teríamos hoje a música mais explicitamente erótica e gemida que a história francesa já fez!

Anonyme a dit…

Eu nem sei o que dizer desse post! Sou absolutamente fascinada por todas as pessoas citadas! Vou me ater a foto, então: que vestido é esse???? Quem pode, pode MESMO!

Nunca vi Slogan, Quero corrigir essa falha o quanto antes!

Anonyme a dit…

e a correntinha é cartier. a nossa jane era xic*xic, hehe.

aliás, esse modelo de pingente foi relançado pela marca há pouco tempo... é um clássico da joalheria!

Lovely69 a dit…

augusto e suas informações preciosíssimas, adorei! eu acho jane linda e a admiro muito, eu jamais encararia serge, hahahaha! mas nunca imaginei que ele pudesse ter ciúmes do delon, hehe. falando em serge, o novo filme do tarantino, que aqui chama "boulevard de la mort", termina com uma música dele, depois vou colocar no paris à go-go. e "slogan", além de tudo, tem cenas lindas em veneza, graciele vai amar! bisous

Anonyme a dit…

Maaara, tô maluco pra ver o filme novo do tarantino. Mas eu acho que vou gostar mais é do filme do Rodriguez com a Rose Mcgowan com uma metralhadora na perna!!!!!

Anonyme a dit…

Um dia eu espero atingir o nível de cafajestagem se não de um Serge Gainsbourg, quem sabe de um Johnnie Haliday.
Enquanto isso vou treinando...

Lovely69 a dit…

kiko chéri, se a cafajestagem é a sua meta, serge é o seu guia, perto dele johnnie é um reles estagiário :D

Demonarch a dit…

Acaso não tivesse nascido numa França pós-Dreyfuss, Vichyana e tradicionalmente anti-semita, mas sim no tolerante Canadá - como seu fiel batedor Leonard Cohen – Gainsbourg jamais teria necessidade de exercer sua irrefreável e desnecessária verve para a autopromoção, posto que seu talento sempre foi discutível, como o de Boris Vian.